O que há de novo

Entrei com o pézito esquerdo, concerteza, pois no meio da agitação das festas — e podem crêr que foram agitadas, metade de Lisboa esteve cá para casa, quando ouvirem alguém dizer que passou o Natal ou o Ano Novo na Guarda, mandem beijinhos meus — esqueci-me completamente que o meu carro novo já não é novo. Os 4 aninhos inteirinhos que tem tornam necessária uma inspecção. Portanto, no dia 3 de Janeiro, mal acabava de caír na real, tive a infelicidade de passar por uma patrulha da BT na auto-estrada.

Para eles foi uma “piece of cake” com cereja no topo: saibam, minhas amigas, que o sistema dos centros de inspecção está “on line” com a DGV e que no conforto da viatura, os guardas da GNR só precisam de escrever a matrícula. Mesmo assim fizeram o teatrinho: encosta e segue o guião do “faculte-me os documentos da viatura, sff”, e depois o clímax “e a inspecção?”.

Apanhar infractores assim também eu. O soldado Márcio ficou com um cantinho especial no meu fígado e os votos de pragas biblícas diversas para o ano que agora começa, incluindo piolhos púbicos e pé de atleta, mas sem ser nos pés. Pedra no assunto.

Nesta data querida celebro 10 anos de convívio com o Mário. 10 anos completos e sem interrupções. Amanhã vamos para não sei onde fazer não sei o quê. Ou melhor, sei.