Agora a sério

Ontem fui ao cinema (40 Km para lá, 40 Km para cá). Fui ver o Casino Royale, outra vez. Já o tinha visto a semana passada. Não me lembro de ter ido ver o mesmo filme duas vezes ao cinema, mas se calhar já tinha acontecido e eu é que não me lembro. Diverti-me muito, de novo. Realmente reparamos em novos pormenores em cada vez que vemos um filme de que gostamos, apreciei muito mais o genérico, que da primeira vez tinha achado um pouco piroso por ser à volta dos naipes de cartas e também não tinha gostado da música, mas agora já gosto. Tive mais atenção à cena de acção inicial que é muito boa, na qual um actor/duplo/atleta da mais alta competição chamado Sebastien Foucan foge de James Bond através de um edifício em construção e, ao fugir, salta para um poço de elevador vazio, faz uma tabelinha com as pernas na parede e sai do poço no andar abaixo, como se fosse fácil. Aliás, como se fosse possível. Vi também o Richard Branson, da Virgin, a fazer uma figuração com um ar trocista e deliciado. Voltei a achar comovente e bastante realista a cena em que a Vesper morre, morrer afogado deve ser mesmo assim. O vilão também é interessante, um contabilista sinistro que chora lágrimas de sangue: ele diz que se deve a uma disfunção do canal lacrimal, mas nós sabemos logo que não é por isso, é porque ele é mau, evidentemente. Segui com mais atenção o jogo de poker, depois de ter organizado umas noites de poker cá em casa, aquando da estadia de uns amigos, e fiquei cheia de inveja por não poder jogar com fichinhas de 100 mil doláres, nem poder dar gorjetas de 500.000 doláres ao croupier, que era bem jeitoso, por sinal. Pronto, agora sou fã dos filmes do Bond.