26 de outubro de 2006

Ontem eu e a catita Fil fomos ver o A. Lobo Antunes conversar com o Carlos Vaz Marques na Biblioteca de Oeiras. Já sabia que era genial, não me surpreendeu. Já sabia que tinha um olhar ácido sobre o mundo e Portugal. O que me surpreendeu foi a maneira leve como falou da sua escrita, dos seus livros, como contou histórias e nos fez rir às gargalhadas. Encheu-me as medidas. No meio da conversa, entre opiniões e esclarecimentos disse estas duas frases...

Na nossa vida, muitas vezes procuramos portas nas paredes que não têm portas.

Todos nós somos muitos, mas temos medo da maior parte dos que somos.

No final fomos pedir-lhe para assinar os nosso livros. Ao dizer-lhe o meu nome primeiro não percebeu, pediu-me para escrever... depois olhou para mim e disse "é uma sigla. gosto, gosto" depois repetiu uma, duas, três vezes, olhou para mim e disse "estou só a ver como soa baixinho".

1 comentário:

Anónimo disse...

será que vais constar com o nome de baptismo num próximo livro??? às vezes a ordem natural das coisas começa com um fado alexandrino como se um tratado de paixão da alma se tratasse e acabamos por encontrar a explicação nos pássaros. floc choc