Catitas forever...

Perdida em pensamentos regressei às Catitas, ao grupo, quando começou, quem fazia parte do grupo, a maneira de estar do grupo, enfim…
Recordei-me daquele grupo de miúdas com cortes de cabelo muito maus, fixei a minha lembrança numa foto que vi em casa da E. e minhas amigas essa foto tem que passar para os arquivos classificados como top secret, ou seja só as presentes na mesma poderão ter acesso a tão delicado documento.

E realmente fiquei orgulhosa de pertencer a tão distinto e fantástico grupo de pessoas, acredito que o “Espírito Catita” é uma forma ou se quiserem uma filosofia de vida.
Pequenos rituais que nunca se perderam como o encontro em vésperas de Natal e o 15 de Agosto.

Quando o “Conselho” é convocado nenhuma Catita falta à chamada, é ainda um porto seguro, para onde fugimos em busca de “colo” mas essencialmente é sempre lá que encontramos quem nos limpe as lágrimas e nos dê forças para seguir.
Ainda que a sua formação seja um pouco flutuante, o núcleo duro permanece imutável.
Crescemos juntas, chorámos e rimos juntas, estivemos juntas nos melhores e nos piores momentos. Fomos a casamentos, vimos nascer a segunda geração, a verdade é estivemos sempre presentes.

De volta à foto que gravei na minha memoria, e percorro-a mais devagar e revejo alguns elementos da formação original que hoje infelizmente olham para nós como se fossemos bichos raros (se calhar até somos) com comportamentos completamente fora dos ditos normais, daqueles que foram estabelecidos há cerca de 100 ou talvez 150 anos atrás e que ainda hoje eles seguem de forma inquestionável.

Ainda que tentada a verter uma lágrima, sim porque é triste ver o que elas estão a perder e saber que nada podemos fazer, apenas e só lamentar terem seguido um caminho tão distinto do nosso e não se permitirem viver estes momentos tão cúmplices e deliciosos que nós vivemos.